Lesões no jogo de Handebol





O handebol é diferente de outros esportes tem como característica o arremesso e o seu bloqueio "travamento", o que leva a lesões nos membros superiores e sobrecarga das articulações (SEIL et al., 1998).

    O handebol é um esporte de alta intensidade de pura explosão muscular em um curto intervalo de tempo exigindo dos atletas um ótimo condicionamento físico. Mas em nosso país tem-se pouco estudo na área, com isso os atletas não se preparam de forma adequada tendo queda de rendimento nos trinos e em jogos (SOUZA et al., 2001).

    Hoje o handebol é segundo esporte com maior índice de lesões devido as suas demandas físicas, técnicas e táticas precisaria fazer um estudo sistematizado das principais lesões, e os seus principais fatores de riscos como: características pessoais, equipamentos e modelos de treinamento (ALMEIDA et al., 1999).

    A fisioterapia desportiva não somente se dedica a ao tratamento de atleta lesados mas também a adoção de medidas preventivas visando minimizar o índice de lesões, sendo realizado de maneira eficaz levando em consideração estatisticamente os fatores de risco baseado na característica de cada lesão. Identificando e descrevendo o problema, como ocorreu as lesões e colocando em pratica o estratégicas preventiva (SILVA et al., 2005).

    O aumento da prática esportiva aumenta consideravelmente o numero de lesões devido falta de preparo físico e de orientações quanto ao esporte, levando em consideração também que esporte não é sinônimo de saúde. A ocorrência de uma lesão esportiva é decorrente da inter-relação entre atleta e o esporte praticado levando a uma sobrecarga do aparelho locomotor isso sendo variável de cada organismo fisiológico em recuperar o estresse físico imposto não instalando um processo patológico (PARREIRA, 2007).

    A fisioterapia desportiva se diferencia das outras áreas onde o tratamento tem que ser muito rápido e efetivo, pois o atleta mais do que ninguém tem voltar a executar todas as atividades do seu corpo de alta intensidade com alta performance onde é normalmente posto em alto estresse músculos, tendões, articulações e ossos em suas atividades esportiva diária, no máximo de potência e amplitude para execução perfeita de todos os movimentos (PARREIRA, 2007).

    Além disso, os fisioterapeutas dessa área se depara com uma grande pressão imposta diariamente quando se tem atletas no departamento médico, que são os incentivos dos patrocinadores para o retorno do atleta pois aquele atleta vale muito dinheiro em quadra e lesionado não tem valor algum, o técnico pois um atleta de alto rendimento é uma peça muito importante para o time e sem ele o mesmo começa a perder colocando em risco o seu cargo, a diretoria querendo que seu time continue a vencer e a conquistar títulos e o atleta lesionado faz falta a sua equipe bem como para sua torcida e o próprio atleta vendo que com seu estado está perdendo sua posição na equipe e tudo aquilo que conquistou,sem falar da dor e de suas limitações (PARREIRA, 2007).

    Um bom tratamento fisioterapêutico começa com uma boa avaliação começando desde anamenese, para mais fácil e confiável diagnostico da patologia e melhor tratamento com enfoque direto e uma busca de recursos e de referencias sobre a patologia, com isso a avaliação musculoesquelética aborda desde a ciência básica, á pratica clínica até testes especiais (MAGEE, 2005).

    Os fisioterapeutas da reabilitação musculoesquelética que atuam na área desportiva vêm consolidando a fisioterapia como uma ciência baseada em evidências e respaldada fortemente com referência cientifica validada, visto que hoje na área da ciência do esporte (em destaque na fisioterapia), foi teve uma intensa produção de pesquisas sendo que uma das mais importantes e bastante esmiuçada foi o treinamento e a reabilitação excêntrica, sendo utilizado como peça fundamental a qualquer programa otimizando de reabilitação e recondicionamento muscular cientificamente embasado, sendo que uma das funções extremamente relevante para a Fisioterapia acerca do condicionamento muscular excêntrico reside no fato deste poder atuar de forma preventiva em relação às lesões musculares induzidas pelo "over-training" ou síndrome do super treinamento em atletas de alto nível. Autores internacionais já a empregam a algum tempo não sendo a mesma realidade no Brasil (GREGO NETO; PREIS, 2005).

    A fisioterapia desportiva vem crescendo muito junto com as pesquisas no tratamento do esporte, levando em conta todos os altos investimentos na área, sendo a que mais inova em e se atualiza em recursos, cursos de capacitação e atualização na forma de tratamento dos vários tipos de lesões sabendo que cada uma tem suas particularidades nos recurso e técnicas que se adapta bem ao seu tratamento. Mas no esporte a prevenção vem se tornando cada vez mais comum, na analise estatística dos fatores predisponentes das lesões mais comuns em cada modalidade em que se chegou a conclusão que tem menor custo e evita os efeitos das lesões nos atletas (SILVA et al., 2005).

    O IMC tem relação direta com o desempenho do atleta, portanto verifica-se a necessidade de trabalhar a manutenção e a perda de peso corporal, bem como a resistência muscular localizada, força explosiva e melhoria no que diz respeito á velocidade e agilidade, onde trabalhando com atletas bem treinados tem menor índice de lesões e afastamentos. (SILVA et al., 2010).

    Hoje um dos mais atuais e eficazes recursos da área do esporte é o uso de bandagens funcionais tendo como objetivo, compressão, imobilização e estabilização quando associadas ao tratamento fisioterapêutico, são capazes de acelerar o processo de cura e evitar traumas ou recidivas auxiliando também na direção dos movimentos e no alívio do stress (CAMPOS et al., 2006).

    Apesar da vasta literatura sobre Handebol, os estudos voltados especificamente para a área terapêutica desta modalidade esportiva é escasso, sendo assim, este estudo vem somar conhecimento para quem pratica, beneficiando na melhora da prática esportiva, prevenindo lesões, como também para as equipes que podem adotar como referência, aprimorando a elaboração de treinos e minimizando o índice de lesões de seus atletas.

Fonte


    Segundo a minha experiência na área o presente estudo com 96,56% de atletas destros e apenas 3,44% de canhotos veio para confirmar a dificuldade em encontrar atletas para jogar nas posições da zona direita do handebol ou para adaptar atletas destros a desenvolver o papel de um canhoto dentro de quadra, com isso a ponta sendo uma posição que desempenha uma atividade de altíssima instabilidade com intensos e repetidos saltos de grande amplitude, o que para Silva et al. (2010) e Constante et al. (2005) é o que leva a essa posição ter um alto índice de lesões o que foi confirmado pelo presente trabalho com 31,03 % de lesões foram de atletas que jogam na pontas esse numero sendo aumento com a improvisação de destros na posição de canhotos que são raros não só no handebol mas em qualquer modalidade esportiva o canhoto já tem seu lugar assegurado por logicamente desempenharem a sua função melhor do que qualquer destro bem treinado.

    O presente estudo mostra que o tempo de prática esportiva não é um fator predisponente de lesões, pois foi encontrado uma variedade grande de idades no handebol de foprma aleatória com o índice de lesão o que de acordo com Glaner (1999) o perfil morfológico dos atletas que pode influenciar no índice de lesões.

    Para Constante et al. (2005) as lesões mais prevalentes foram as entorses de tornozelo sendo a estrutura mais acometida com 38,4% dentre todas as equipes entrevistadas. Para Moreira et al. (2003) as entorses de tornozelo foram as lesões de diagnostico mais freqüente levando a um total de 21,8%. No estudo realizado por Souza et al. (2004) as entorses de tornozelo tiveram um total de 27,3% sendo bastante freqüentes. O estudo realizado por Silva et al. (2007) as entorses foi a lesão mais comum sendo mais representativa na região do tornozelo com 33%. Para Rose et al. (2006) em seu estudo a região mais lesionada foi o tornozelo tendo como lesão mais freqüente a entorse com 54,7%

    Dentre os cinco estudos Silva et al. (2007), Rose et al. (2006), Souza et al. (2004), Moreira et al. (2003) e Constante et al. (2005), mostraram relação com os resultados encontrados no trabalho, com maior prevalência em numero de lesões a entorse de tornozelo

    Para Glaner (1999) o atleta que possui características morfológicas avantajada supera os valores médios correspondentes a sua posição elevando seu desempenho e consequentemente minimizando os riscos de intercorrências durante a sua atividade esportiva.

    Para Rose et al. (2006) em seu estudo dentre as lesões 10 foram fraturas 7 foram tendinites e 6 foram rupturas ligamentares, confrontando com o presente trabalho que 10 foram as entorses 9 luxações e 8 contusões musculares e foi só uma fratura.

    O estudo realizado por Silva et al. (2007) teve 47,3% das lesões com contato direto com outro atleta e 46,2% sem contato nenhum confrontando com o presente trabalho que foram 30,3% das lesões por trauma direto e só 6,06% por trauma indireto o que leva a conclusão que os jogos daqui são mais "pegados" devido a ter mais lesões provocadas pelo contato de um atleta com o outro, vindo a reafirmar que as lesões ocorreram no momento do salto sendo somado seus 62,06% em sua subbida ou descida do salto vindo de um contato possível contato direto ou de uma aterrissagem não muito feliz sendo o reflexo das entorses de tornozelo. Além disso, as lesões foram predominantes fora de casa em quadras com piso desconhecido com 48,38 % o que leva a conclusão que realmente o piso é um dos fatores que influenciam consideravelmente nos números estatísticos das lesões em quadras.

    De acordo com o estudo a fisioterapia não foi muito acionada entre os atletas participantes da pesquisa com só 65,38% não devido a gravidade da lesão mas eu acredito que esse fato está ligado a fatores culturais pois após a lesão 70,83% dos atletas tiveram auxilio do clube mas esse auxilio para os atletas que tiveram lesões em 70% dos casos foi a dispensa da atividade esportiva não se preocupando com o tipo de tratamento que seria feito naquele atleta mas quando houve uma intervenção fisioterapêutica o índice de satisfação chegou aos seus 80% o que nos mostra o caminho a seguir com um markenting pesado para a massificação da fisioterapia esportiva diante deste publico mostrando o custo benefício de uma abordagem fisioterapêutica em cada equipe não só visando o tratamento de lesões mas a atividade preventiva desempenhada pelo fisioterapeuta minimizando o índice de lesão pois hoje está bem claro que é muito melhor e mais barato fazer um tratamento preventivo do que perder um atleta por patologias instaladas devido ao gasto no tratamento e pela ausência desse atleta em quadra.




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Lesões no jogo de Handebol Lesões no jogo de Handebol Editado por Dani Souto Esporte Educacional on 12:28 Nota do Post: 5

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